Nove em cada dez portugueses já sentiram efeitos das alterações climáticas
- Da redação
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Atualizado: há 15 horas
Os registos não mentem: a década entre 2010 e 2019 foi a mais quente desde que há controle dos níveis da temperatura mundial. Deflorestação, secas prolongadas, frequência de fenómenos extremos, com ondas de calor e secura, cheias, tormentas… A preocupação com o meio ambiente atingiu níveis altíssimos entre a população no planeta. Um levantamento da Deco Proteste – entidade de defesa do consumidor em Portugal – mostrou que nove em cada dez portugueses dizem já terem sentido os efeitos das alterações climáticas.
Dos 55% que afirmam muito preocupados com as alterações climáticas, a maioria são mulheres. Elas confessam estar sujeitas a maior inquietação, quando confrontadas com o problema. O inquérito também demonstrou que a angústia sentida perante esse fenómeno aumenta à medida que as qualificações dos entrevistados diminuem.
Entre os entrevistados para o inquérito, 82% associam as alterações climáticas à subida dos preços dos alimentos. O clima pode justificar, então, a quebra das rotas de distribuição alimentar e a limitação da exportação de cereais da Ucrânia, devido à guerra, pode concorrer para o agravamento do problema. A escassez de alimentos é uma preocupação para 67% dos portugueses. Outra preocupação é outras perdas materiais, como despesas imprevistas não especificadas (64% das respostas).
Quase 70% das respostas afirmam não aderir a um estilo de vida mais sustentável por ser demasiado caro. Para 54% há uma falta de apoio financeiro ou subsídios para que o cidadão comum possa se posicionar como um indivíduo sustentável num planeta em alerta climático. No entanto, uma larga maioria de 71% já mudou comportamentos em relação a, pelo menos, dois hábitos alimentares (consumir alimentos sazonais ou biológicos, por exemplo).

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