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Desinformação sobre a Ucrânia atinge grau máximo, diz EDMO

  • Da redação
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

Atualizado: há 3 dias

A desinformação cresceu exponencialmente quando o assunto foi Guerra da Ucrânia. As 31 organizações que fazem parte da rede de verificação de factos da European Digital Media Observatory (EDMO) publicaram um total de 1.888 artigos de verificação de fatos em março de 2025. Destes artigos, 303 (16%) focaram-se em questões relacionadas com a desinformação na Ucrânia; 169 (9%) sobre desinformação relacionada com a União Europeia; 123 (7%) sobre desinformação relacionada à imigração; 88 (5%) sobre a desinformação relacionada com a COVID-19; 81 (4%) sobre desinformação relacionada com as alterações climáticas; e 20 (1%) sobre desinformação sobre LGBTQ+ e questões de género.


Depois de duplicar em fevereiro, as informações falsas sobre a guerra na Ucrânia continuaram a crescer em março, aumentando 5% num mês e acabou por representar 16% do total de desinformação detectada. Este é o maior valor registado desde março de 2023. O número de histórias falsas dirigidas à UE também cresceu 2 pontos percentuais, subindo de 7% para 9%. O aumento da desinformação sobre estes dois temas seguiu um caminho iniciado em fevereiro de 2025, quando uma grande mudança na política externa promovida pela nova administração dos EUA abriu uma segunda frente de interferência para a infosfera da UE.


Por trás do aumento adicional de histórias falsas sobre a Ucrânia, existem alegações infundadas sobre as negociações para um cessar-fogo e a situação no campo de batalha, juntamente com mensagens de propaganda russa de longa duração. Sobre as operações no campo, a contraofensiva ucraniana na região russa de Kursk foi objecto de uma Campanha Doppelganger, com atores de desinformação criando imagens falsas de jornais ocidentais para espalhar mensagens pró-Rússia.


Por exemplo, uma imagem adulterada mostrava um jornal britânico informando que 70.000 soldados ucranianos morreram “em vão” em Kursk, enquanto outros alegaram falsamente que a operação ucraniana foi reconhecida como a mais fracassada dos últimos 200 anos ou que os soldados ucranianos na região estavam a render-se aos russos.


Uma afirmação falsa semelhante também foi feita pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que disse que os ucranianos na área foram “cercados”, enquanto as autoridades ucranianas negaram esta ocorrência. Em geral, a posição ucraniana na guerra foi descrita por notícias falsas como desesperada, enquanto ajuda e suprimentos para a Ucrânia estão sendo questionado por supostamente ter sido desperdiçado para fins fraudulentos.


No contexto das negociações, a desinformação alegou que a Ucrânia e o seu líder rejeitaram o Presidente Trump (justificando assim as suas ações como retribuição) e mostrou sinais de hostilidade para com os EUA. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky continua na mira da desinformação, acusado de estar enriquecendo graças à guerra e cada vez mais isolado na comunidade internacional. Até os refugiados ucranianos são acusados de serem trapaceiros nos países de acolhimento, que alegadamente os tratam melhor do que os verdadeiros cidadãos.


Outras histórias falsas também foram relatadas sobre alegadas manifestações em massa pró-Rússia na UE, supostamente com a participação de centenas de milhares de pessoas. Ao mesmo tempo, o apoio à Ucrânia estaria sendo apresentado por reivindicações infundadas, já que em breve levará a uma guerra mundial e vai trazer o caos aos países ocidentais.

 







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