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Desinformação gerada por IA em janeiro foi recorde, diz Observatório

  • Da redação
  • 11 de mar.
  • 2 min de leitura

O conteúdo de desinformação gerado por inteligência artificial (IA) registou um recorde em janeiro ao representar 8% do total de desinformação intercetada pelo Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO). “Este número é o mais elevado alguma vez registado desde que o EDMO iniciou a monitorização em março de 2023”, diz o relatório.


De acordo com o EDMO, este aumento deveu-se a conteúdos gerados digitalmente sobre os incêndios florestais na Califórnia. Dos 1.642 artigos de verificação de factos, 128 abordaram a utilização desta tecnologia na desinformação.


Dos 1.642 artigos publicados em janeiro pelas 37 organizações que constituem a rede de verificação de factos da organização, 150 (9%) eram desinformação relacionada com as alterações climáticas e 108 (7%) eram referentes a desinformação sobre imigração.


Cem desses artigos (6%) centraram-se na desinformação relacionada com a Ucrânia, 95 (6%) diziam respeito a desinformação relacionada com a União Europeia (UE), 72 (4%) sobre desinformação relacionado com a Covid-19, 28 (2%) sobre o conflito no Médio Oriente e 26 (2%) sobre questões LGBTQ+ e de género.

 

Verificação de factos

O Observatório Europeu dos Meios de Comunicação Digitais (EDMO) é um projeto que apoia a comunidade independente que trabalha para combater a desinformação. Serve de plataforma para os verificadores de factos, os académicos e outras partes interessadas colaborarem entre si. Incentiva-os a estabelecerem uma ligação ativa com as organizações de comunicação social, os peritos em literacia mediática e a prestarem apoio aos decisores políticos. Tal ajuda a coordenar as ações de luta contra a desinformação.


As atividades do EDMO baseiam-se em 5 vertentes:


  1. Mapear as organizações de verificação de factos na Europa e apoiá-las, promovendo atividades conjuntas e transfronteiriças e módulos de formação específicos.

  2. Cartografar, apoiar e coordenar as atividades de investigação sobre desinformação a nível europeu, incluindo a criação e atualização regular de um repositório mundial de artigos científicos revistos pelos pares sobre desinformação.

  3. Criar um portal público que forneça aos profissionais dos meios de comunicação social, aos professores e aos cidadãos informações e materiais destinados a aumentar a sensibilização, reforçar a resiliência à desinformação em linha e apoiar campanhas de literacia mediática.

  4. Conceção de um quadro para garantir um acesso seguro e protegido da privacidade aos dados das plataformas para os investigadores académicos que trabalham para compreender melhor a desinformação.

  5. Apoio às autoridades públicas no acompanhamento das políticas aplicadas pelas plataformas em linha para limitar a propagação e o impacto da desinformação.

 

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