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"Descarbonização" da economia é desafio para Portugal

  • Da redação
  • 13 de mar.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 14 de mar.

O desafio de Portugal e da Europa para os próximos anos será fazer uma transição planejada das energias fósseis para as renováveis. A afirmação é de Filipe Santos Costa, investigador do Instituto Português de Relações Internacionais durante palestra nesta quinta-feira (13) no Innov Summit Covilhã, no Teatro Municipal. Segundo ele, a transição passa pela “descarbonização” da economia, a chamada eletrificação verde. “Há uma explosão de procura por eletricidade e é o momento certo para essa transição”, disse.


Portugal já elaborou planos específicos para as questões enérgicas. O primeiro deles é o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030) que, entre 2005 e 2010 incrementou a produção de energia de 48 mil GW/h para 51 mil. Depois vieram o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Transporte de Eletricidade (PDIRT-E 2022-2031) e o Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede de Distribuição de Eletricidade (PDIRT-E 2026-2030), que pretendem elevar a produção para mais de 90 mil GW/h em 2030.


O país tem boas alternativas para investimentos em energia limpa, seja eólica, solar ou hidrelétrica. “Mas há certas dificuldades e insuficiências das energias renováveis, como pouca densidade, dificuldades de armazenamento, entre outras”, alertou Costa. “O grande desafio é adotar uma energia 100% verde. Estamos falando em utilizar vastos territórios e definir um planejamento no modo de transmissão”, acrescentou.


E nesse ponto entra a discussão sobre a tecnologia e a conectividade. As telecomunicações são um setor essencial para o sucesso dos esforços de descarbonização da economia. A conectividade permite construir soluções mais eficientes e sustentáveis, que evitam desperdício, requerem menos energia, aproveitam melhor as fontes de energia limpa e renovável, e produzem menos emissões poluidoras. “Por isso precisamos de energia verde em abundância”, assentou Costa.


Cabo submarino

Os últimos 20 anos de Portugal foram de aposta nas energias renováveis e no choque digital. A chamada eletricidade verde responde com 71% em 2024, enquanto as energias renováveis contribuíram com mais de 83% para a geração dos 28.458 GWh de eletricidade em Portugal Continental. Já na conectividade, a disponibilidade de internet de 2016 a 2024 cresceu 844% e a posição de Portugal no ranking global de velocidade passou de 37º em 2016 para 22º em 2024. O preço para o consumidor final no ano passado era 20% menos do que em 2016.


Outra estratégia importante para a conectividade foi a construção de um cabo submarino ligando Portugal ao Brasil. Inaugurado em 2021, ligando Lisboa a Fortaleza, o cabo foi o primeiro a ligar a Europa com a América do Sul e trouxe alta velocidade e baixa latência, que é o tempo que uma informação leva para sair de um ponto ao outro.


O cabo também proporcionou foi a segurança, já que a conexão direta entre Brasil e Portugal diminuiu riscos, já que os dados não precisam passar por equipamentos de outros países, como os Estados Unidos. “Isso fez explodir a economia digital em Portugal e aumentou a competitividade do País”, explicou Costa.


Atualmente 99% do tráfego intercontinental passa por cabos submarinos, sendo que apenas 1% do tráfego é transportado por sistemas de satélite. O valor do mercado global de cabos submarinos deverá ascender a 22 mil milhões de dólares em 2025, mais do que o dobro de 2019, esperando-se que atinja os 30 mil milhões em 2027".

 

Definição de cada um dos conceitos de energia:


Energia limpa

Uma boa maneira de lembrar que tipo de energia é considerada "limpa" é pensar em "ar limpo". A energia limpa vem de fontes que não emitem poluentes na atmosfera, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. 

Energia renovável

Provém de fontes praticamente inesgotáveis e capazes de se regenerar em um curto espaço de tempo. 

Energia verde

Para ser classificada como energia verde, ela deve ser vir de uma fonte totalmente natural, como vento, luz solar ou água, e ter pouco ou nenhum impacto ambiental.




 

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