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Carcaça mostra dança como construção cultural

  • Da redação
  • 23 de jan.
  • 2 min de leitura

No dia 25 de janeiro, Covilhã recebe mais um espetáculo de dança. A partir das 21h30 no Teatro Municipal, o coreógrafo e intérprete Marco da Silva Ferreira traz a apresentação Carcaça, onde ele usa a dança como ferramenta para pesquisar sobre comunidade, construção de identidade colectiva, memória e cristalização cultural. A coreografia que parte inicialmente de footwork saltado como motor agitador e acelerador, desenha progressivamente um corpo vibrante, rebelde e carnavalesco em direção à resiliência e união.


A pesquisa deste projecto iniciou-se em Corpos de Baile para a Companhia Nacional de Bailado em 2020. Um elenco de 10 performers formam um colectivo que pesquisa sobre a sua identidade num fluxo físico, intuitivo e despretensioso do corpo, da dança e de construção cultural. Partem de trabalho de pernas (footwork) que lhes é familiar, oriundo do clubbing, dos ball’s, das battles das cyphers e do estúdio para se aproximarem de danças folclóricas padronizadas e imutáveis relacionadas com a sua memória/herança.


Estas danças do passado cristalizaram e não tiveram capacidade de integrar novas definições de corpos, grupos e comunidades que eram tidas como menores. Foi necessário romper com o passado autoritário, totalitário e paternalista. Em Carcaça, propõe-se um exercício integrante do passado e do presente.


Os passos complexos mas feitos com tênis simples, trarão não só o som ao palco, mas também as trocas entre as energias cinética, térmica e luminosa. Os sons físicos são acompanhados pela bateria tocada por João Pais Filipe e a música eletrónica de Luis Pestana. Esses elementos, executados ao vivo, constituem uma trilha sonora acelerada que interliga referências da música tradicional (por exemplo fanfarras e marchas), da música pós-moderna e da música de clubbing (Techno/ trance/dub).


Marco da Silva Ferreira é intérprete profissional desde 2008. Trabalhou com coreógrafos como André Mesquita, Hofesh Shechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes, Victor Hugo Pontes, Paulo Ribeiro e David Marques, entre outros. Como coreógrafo, destaca HU(R)MANO (2013), Brother (2016), Bisonte (2019) e a cocriação com Jorge Jácome de SiriI (2021); førm Inførms (2022) com a companhia sul africana Via Katlehong. 



Pesquisa do projecto iniciou-se em Corpos de Baile para a Companhia Nacional de Bailado em 2020
Pesquisa do projecto iniciou-se em Corpos de Baile para a Companhia Nacional de Bailado em 2020

Clubbing, ball’s, battles, cyphers e do estúdio aproximam-se das danças folclóricas
Clubbing, ball’s, battles, cyphers e do estúdio aproximam-se das danças folclóricas

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