Canções da Revolução revisitadas por palavras de liberdade
- Da redação
- 28 de mar.
- 2 min de leitura
Quis saber quem sou — um concerto teatral, de Pedro Penim, revisita as canções da revolução, as palavras de ordem, as cantigas que são armas, mas também as histórias pessoais das gerações que fizeram o 25 de Abril, trazendo para o palco jovens atores/cantores e colocando nas suas vozes e nos seus corpos a memória das palavras da liberdade. A iniciativa é do Teatro Nacional D. Maria II. O espetáculo ocorre neste sábado (29), às 21h30, no Teatro Municipal da Covilhã.
"Quis saber quem sou" foi exatamente a primeira frase de pendor revolucionário do início da democracia em Portugal, ouvida ainda a 24 de abril de 1974, às 22 horas e 55 minutos, nas ondas dos Emissores Associados. O primeiro verso da canção E Depois do Adeus, pleno de questionamento individual e coletivo, cantado por Paulo de Carvalho, marca o momento histórico do arranque da revolução, tornando o que era pouco mais do que uma canção de amor, num símbolo da liberdade.
O espetáculo é uma realização do Teatro Nacional Dona Maria II e traz para o palco uma equipa de jovens atores e também cantores, escolhidos numa audição a nível nacional. O concerto teatral, como ficou definido, já foi apresentado em diversas cidades portuguesas.
Teatro Nacional
O Teatro Nacional abriu as suas portas em 1846, em Lisboa, durante as comemorações do 27.º aniversário da rainha Maria II (1819-1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Durante um largo período de tempo, o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão.
Após a implantação da República, passou a chamar-se Teatro Nacional de Almeida Garrett. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço/Robles Monteiro, que permaneceu no teatro de 1929 a 1964, mas a mais célebre terá sido a da companhia Rosas e Brasão, entre 1881 e 1898, durante a qual foi ousada uma mudança de reportório (primeiras criações de peças de Shakespeare em Portugal).
Em 1964, o Teatro Nacional foi palco de um grande incêndio, que apenas poupou as paredes exteriores e a entrada do edifício. O edifício atual, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as suas portas. Em março de 2004, o Teatro Nacional D. Maria II foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a ser gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministérios das Finanças e da Cultura.
Serviço
O quê: Quis saber quem sou — um concerto teatral
Quando: sábado (29)
Onde: Teatro Municipal da Covilhã
Hora: 21h30
Preço: 6 euros
Foto: Filipe Ferreira

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